domingo, 14 de agosto de 2011

Musicoterapia e Fisioterapia!


A Musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do indivíduo para que ele/ela possa alcançar uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, conseqüentemente, uma melhor qualidade de vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento.
Muita gente se beneficia com a música. Entre estas estão incluídas pessoas com dificuldades motoras, autistas, pacientes com deficiência mental, paralisia cerebral, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos, gestantes e idosos. O trabalho musicoterápico pode ser desenvolvido dentro de equipas de saúde multidisciplinares, em conjunto com médicos,fonoaudiólogos, fisioterapeutas e educadores.Também pode ser um processo autônomo realizado em consultório.

O uso da música como método terapêutico vem desde o início da história humana. Alguns dos primeiros registros a esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos gregos pré-socráticos.O processo da musicoterapia pode se desenvolver de acordo com vários métodos. Alguns são receptivos, quando o profissional toca música para o paciente. Este tipo de sessão normalmente se limita a pacientes com grandes dificuldades motoras ou em apenas uma parte do tratamento, com objetivos específicos. Na maior parte dos casos a musicoterapia é ativa, ou seja, o próprio paciente toca os instrumentos musicais, canta, dança ou realiza outras atividades junto com o terapeuta. A forma como o musicoterapeuta interage com os pacientes depende dos objetivos do trabalho e dos métodos que ele utiliza.

"A música atinge em cheio o sistema límbico, região do nosso cérebro responsável pelas emoções, pela motivação e pela afetividade", explica Maristela Smith, coordenadora da Clínica de Musicoterapia das Faculdades Metropolitanas Unidas, em São Paulo.Esse é ponto chave da musicoterapia: um método que usa o passado sonoro para tratar males de todo tipo.

Na fisioterapia infantil a musicoterapia só acrescenta. Um sessão se torna uma "festa" quando se coloca música, ainda mais quando realizada por profissional qualificado. A criança interge muito mais, os objetivos fisioterápicos são alcançados mais rápido, além de proporcionar muito mais prazer. O fato de se colocar música no momento da sessão já modifica o tônus, os batimentos cardíacos, frequência respiratória entre outros parâmetros. Quando a fisioterapia e musicoterapia estão juntas no mesmo momento, quem sai ganhando é o paciente. Os profissionais se sentem realizados por verem seus resultados. E a família certa de que está no caminho correto!

Estudos provam que o cérebro dos músicos tem mais massa cinzenta particularmente nas regiões responsáveis pela audição, visão e controle motor. Mesmo aqueles que não tabalham com a música mas que a tem no seu cotidiano têm estímulos cerebrais bastante intensos nessas áreas. Por esta razão a fisioterapia motora infanti,l que é justamente a busca pelo controle motor e aprimoramento do mesmo, se beneficia tanto da musicoterapia.

 Por todas essas razões, a linguagem musical tem sido apontada como importantíssima área de conhecimentos a ser trabalhada na Educação Infantil, ao lado da linguagem oral e escrita, do movimento, das artes visuais, da matemática e das ciências humanas e naturais.
Se preocupe com isso! Observe seu filho. Será que ele está ouvindo música suficiente? Pense no seu paciente. Será que não poderia inserir a música na sessão?

domingo, 17 de julho de 2011

O Poder do Toque

 O ser humano é um ser social e precisa, entre vários fatores para se relacionar, de toque. Ao tocarmos uma pessoa transferimos e recebemos nossas energias. Muita gente não sabe o valor de um bom abraço. É uma necessidade dos seres vivos. Os animais também se tocam e isso faz parte do desenvolvimento motor. Observemos os filhotes, sejam de cães, gatos e etc. Eles rolam, brincam, ensaiam defesas e aguçam instintos. As crianças também brincam, rolam e se comunicam pelos sentidos incluindo o tato, o toque. Experimentos clínicos mostram a diferença de reação à doença quando enfermos são tocados pelos profissionais de saúde. Um simples gesto de acariciar a cabeça de um enfermo já é suficiente para, pelo menos, momentaneamente a pessoa se sentir confortada.

O Toque é uma das necessidades mais básicas do ser humano e ocorre em todas as culturas.Ele pode ser usado como método de comunicação e aprendizado, além de proporcionar conforto e aumento da auto-estima. O toque é necessário para o crescimento, desenvolvimento e função imunológica. A criança que recebe o toque, recebe amor. Além disso, foi comprovado cientificamente que a ausência de toque pode causar barreiras significativas ao desenvolvimento dos seres humanos e dos animais. Seja através de carinho, massagem, abraços ou um simples aperto de mão, o toque está no nosso cotidiano e nem percebemos.
As crianças costumam explorar os objetos levando os à boca para descobrir sua forma, textura e temperatura. Quando os bebês choram, são confortados ao serem colocados no colo, acariciados e beijados. Esse aspecto reconfortante do toque continua na vida adulta. Os adultos usam o toque para se comunicar, expressar solidariedade.

Foi talvez uma das primeiras formas de tratamento. Tocar para serenar, tocar para aliviar a dor, tocar para encorajar...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Shantala no Berçário: uma experiência de sucesso!

A Shantala é a massagem indiana para bebês. O médico Frédérick LEBOYER, obstetra francês, trouxe para o Ocidente o conhecimento desta técnica na qual as mães indianas massageiam seus bebês. Com óleos essenciais e muitas vezes cantarolando, a massagem é uma troca de mãe-filho e filho-mãe. Uma sinergia única! Muitas vezes 3 a 4 vezes ao dia as mães sentam-se à beira de uma esquina com seus bebês no colo e incia-se o ritual. É uma técnica milenar passada verbalmente de gerações para gerações. Sua essência é de trazer ao recém-nascido lembranças de sua vida intra uterina, através do toque, dos movimentos, dos sons...

Os benefícios da Shantala são muitos. O já citado aumento do vínculo mãe-bebê ocorre quando ao longo da massagem a mãe vai notando as respostas do bebê, conhecendo melhor o seu corpinho e percebendo suas limitações. Podemos citar ainda como benefícios: aprimora o tônus do recém nascido; fortalece musculatura de tórax; aumento da circulação sanguinea e linfática fazendo todos os órgãos funcionarem melhor inclusive sistema gastrointestinal reduzindo cólicas, gases e desconfortos abdominais muito comuns nos bebês; auxilia no desenvolvimento sensório-motor, crianças com melhor organização de consciência corporal; prevenção de problemas respiratórios.

Na sociedade indiana as mães passam a maior parte do dia com seus filhos no colo, onde quer que vão levam eles consigo. Em sua grande parte não trabalham fora e seu foco é o lar e os filhos. Já a mulher ocidental  trabalha fora, cuida da casa, de sua carreira, dos filhos, tem que estar sempre em dia com a aparência...enfim...só de pensar já cansa (ufa!)



A Shantala na sua essência é realizada pela mãe. Levando-se em conta as diferenças sócio-culturais há projetos nos paises ocidentais de aplicação da Shantala dentro do berçário da escola infantil, uma vez que é ali aonde as crianças passam a maior parte do seu dia. Ainda são poucos estabelecimentos aqui no Brasil que são abertos a essa idéia e têm a sensibilidade de oportunizar aos seus clientes esta dádiva. A Shantala no berçario não visa substituir a massagem da mãe e, sim difundir este conhecimento para as mamães e aumentar o número de vezes que a criança recebe a massagem. Deve ser aplicada por profissional capacitado.

Cada vez mais a Shantala será conhecida da população em geral. Não tenho a pretensão de fazer a técnica idêntica à original, até por que seria impossível. As adaptações culturais são necessárias para que a Shantala tenha êxito em nossa sociedade. A inserção da massagem nas escolas de educação infantil é uma forma de difundir a técnica e os benefícios serão percebido em nossas crianças... no nosso mundo futuro!